Técnicos do Ibama dizem: 3 mil cargas de madeira ilegal saíram do país

Cerca de 3 mil cargas de madeira da Amazônia no Pará foram exportadas para vários países sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A denúncia foi feita por técnicos do órgão à Polícia Federal. Essas cargas se assemelham a carregamentos de três madeireiras retidos nos EUA, o que está sob investigação da Operação Akuanduba da PF. São informações da Folha de S.Paulo.

A acusação foi feita por dois servidores do Ibama que, segundo informaram à PF, atuam na área de fiscalização dessas exportações. Um outro técnico confirmou tudo, sem, no entanto, precisar a quantidade de madeira enviada para fora, citando apenas que foram “milhares”.

Questionado pela Folha, o Ibama disse que “todas as dúvidas serão respondidas em juízo”. Os técnicos foram ouvidos como testemunhas e seus depoimentos foram transcritos nos relatórios da investigação policial.

A Operação Akuanduba foi deflagrada pela PF no último dia 19. Ela investiga crimes contra a administração pública, como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando, praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.

Entre os alvos estão o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, afastado do cargo por 90 dias, a exemplo de outros oito servidores da área ambiental do governo Bolsonaro.

Após o início da operação, Salles foi à Superintendência da PF, em Brasília, por conta própria. Pelo menos 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão no DF e nos estados de São Paulo e do Pará.

Entre os endereços, estão a sede do Ibama, o Ministério do Meio Ambiente e o apartamento de Salles, em São Paulo. As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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