Um ano após primeira morte no Brasil, coronavírus já matou mais que a Aids em toda história no país

  • Em 17 de março de 2020, Brasil registrava a primeira morte por covid-19
  • Exatamente um ano depois, país amanhece após bater recorde diário de mortes
  • Vacinação é lenta e menos de 5% da população foi vacinada em dois meses de campanha

O dia 17 de março marca uma data que os brasileiros não queriam, mas vão lembrar para sempre. Foi neste dia, em 2020, que morreu a primeira pessoa vítima do coronavírus no Brasil.

O marco que completa um ano nesta quarta-feira traz recordes macabros e números impressionantes. Um dia antes, na terça, o país bateu recorde de mortos em decorrência da Covid-19: 2.798 óbitos, de acordo com contagem de consórcio formado por veículos de imprensa.

Covid mata causando números assustadores

As mais de duas mil mortes da terça fizeram o país chegar à impressionante marca de 282.400 mortes, segundo o mesmo consórcio. Colocado em perspectiva, o número fica ainda mais assustador. Apenas um ano depois de ter causado a primeira morte no país, o coronavírus já supera os números da epidemia de Aids no Brasil.

Foram 281.156 mortes causadas em pessoas infectadas pelo vírus HIV de acordo com o último boletim epidemiológico do governo, divulgado em 1 de dezembro de 2020 — a conta, no entanto, começou em 1982, 39 anos atrás.

Diferente do covid, de mais fácil transmissão, a Aids teve seu auge de morte no Brasil, de acordo com o boletim, entre 1982 e 2007, com 134.328 óbitos. Em 2020, foram 4.148 mortes no ano inteiro causadas pelo HIV, total que é alcançado em apenas dois dias da última semana em relação a mortes por covid-19.

Ritmo lento de vacinação contra covid faz Saúde colapsar

Se os números excessivos de mortes chocam, impressiona também o crescimento lento dos números de pessoas vacinadas pelo país, indo de encontro a uma tradição brasileira de vacinar em larga escala devido ao alcance do Sistema Único de Saúde (SUS).

O último boletim de vacinados aponta que 10,3 milhões de brasileiros foram imunizados, 4.91% da população total do país. Em São Paulo, onde a primeira brasileira foi vacinada, a campanha começou em 18 de janeiro deste ano, o que marca quase dois meses de uma campanha que evoluir a passos lentos.

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