Vírus vira álibi para a fuga do general Pazuello

Josias de Souza – Dez dias depois de ser pilhado passeando sem máscara por um shopping de Manaus, o general Eduardo Pazuello foi acometido por um surto de responsabilidade sanitária. Convocado para explicar na CPI da Covid o desastre que produziu à frente do Ministério da Saúde, o ex-ministro invocou um álibi inusitado para fugir da inquirição: o coronavírus.

Sob a alegação de que teve contato com pessoas infectadas, o general comunicou à CPI que não comparecerá à sessão de quarta-feira, que havia sido integralmente reservada para o seu depoimento. Em tempos de assepsia, é como se Pazuello estabelecesse com a Covid-19 uma relação do tipo uma mão suja a outra.

Como ministro, o general prestou prestou inestimáveis favores ao vírus, contribuindo com sua incompetência para que a infecção se propagasse. Como ex-ministro, Pazuello utiliza a propagação do mesmo vírus como escudo para retardar as explicações sobre a sua inépcia.

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