Mesmo com condições oceânicas ainda desfavoráveis na metade de março de 2025, uma conjuntura favorável para chuvas deverá provocar precipitações no interior dos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará nos próximos dias, afirma o físico, meteorologista, mestre em Meteorologia, doutor em Física e consultor meteorológico do agronegócio e eficiência energética Rodrigo Cézar.
O citado estudioso previu, no final de dezembro, em matéria veiculada na imprensa dos referidos estados, uma estação chuvosa com chuvas acima da média em janeiro, variando de normal a abaixo da média em fevereiro e março, mas com mudanças significativas nas condições oceânicas no final de março, evoluindo para uma condição mais favorável e chuvas variando de normais a acima da média em abril e maio de 2025, para o semiárido da PB, RN, PE e CE. Mas, desde já, informa que, com a persistência de águas mais frias do que o normal na altura do litoral de Pernambuco, a perspectiva pode ser bem desfavorável para o semiárido pernambucano nos próximos meses, pontua. Já o centro-norte do Ceará está registrando boas precipitações desde o final de fevereiro, isso por conta do posicionamento da Zona de Convergência Intertropical atualmente, algo que vem favorecendo as precipitações nessa área.
O Atlântico Sul, na altura da costa leste do Nordeste, segue ainda mais frio do que o normal atualmente, tal fato segue o balanço de energia dos oceanos. Nos últimos três anos, o referido oceano esquentou muito no primeiro semestre de 2022, 2023 e 2024. Agora, em 2025, a tendência é se manter mais frio do que o normal, assim como ocorreu nos primeiros dois meses e meio de 2025, pontua Dr. Rodrigo Cézar, que previu uma mudança nesse cenário perto da virada de março para abril, que é o limite para que as condições oceânicas mudem favoravelmente para as chuvas na região, culminando em um cenário mais favorável para os meses de abril e maio, finaliza.
Nos últimos dias, o cenário melhorou um pouco, com o Atlântico Norte se resfriando, algo que é positivo. No entanto, no caso do Atlântico Sul, na altura da costa leste do Nordeste, o aquecimento dele ainda é discreto, podendo se intensificar nas próximas duas semanas, afirma o estudioso.
Veja aqui a previsão de chuvas realizada no final de dezembro de 2024, para os cinco primeiros meses do ano, direcionada ao município de Patos-PB, elaborada pelo estudioso: https://cienciaemfoco.com/colunistas/rodrigo-cezar/p2_articleid/2034.
