O projeto As Pelejas de Baltazar nas Comunidades Quilombolas do RN, da Trapiá Cia Teatral, de Caicó, visitou em setembro às comunidades quilombolas de Jatobá (Patu), Arrojado (Portalegre), Aroeira (Pedro Avelino) e Grossos (Bom Jesus ), alcançando um público superior a 150 pessoas, inclusive com crianças e idosos que até então, não conheciam espetáculo de teatro.
O espetáculo As Pelejas de Baltazar é o teatro de bonecos, que no Rio Grande do Norte é conhecido como João Redondo. Durante a apresentação, há interação do público com os personagens, motivada pela atuação do ator Alexandre Muniz, que faz o elo do público com os bonecos, que ganham existência, através da atuação, quase mágica, do ator Emanuel Bonequeiro.
As comunidades quilombolas visitadas são parte das 35 comunidades, certificadas no RN, pela Fundação Palmares. Em outubro outras 04 comunidades serão visitadas: Macambira, dia 08, no município de Lagoa Nova; Acauã, dia 09, em Poço Branco; Capoeiras, dia 10, em Macaíba e Sítio Moita Verde, dia 11, em Parnamirim.
“A gente passa nas comunidades rurais, por poços d’água, estrada de terra, com acessos que dificultam, mas, quando a gente chega, é abraçado por estas comunidades. Temos relatos de pessoas que nunca assistiram espetáculo de teatro e isso nos deixa muito emocionados. É fazer com que a arte e a cultura, cheguem até eles, através de um grupo de Caicó, do Seridó, do interior. São crianças e idosos que nunca tiveram acesso a assistir espetáculo de teatro profissional, e o depoimento deles, o acolhimento é o mais especial. A arte proporciona isso, esse momento de discussão, de troca de saberes, já que nas comunidades a gente encontra artesãos que desenvolvem trabalhos com barro, com bonecas de pano. Se eles aprendem com a gente, muito mais a gente aprende com eles” destaca o ator Alexandre Muniz, da Trapiá Cia Teatral.
O Projeto As Pelejas de Baltazar nas Comunidades Quilombolas do RN, é uma realização da Associação Cultural Trapiá e Trapiá Cia Teatral. O projeto é financiado pela Lei Câmara Cascudo, Governo do RN, Secretaria Estadual de Cultura e Fundação José Augusto, com patrocínio da Potigás, através do edital Natural Como Fazer o Bem.