Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a economia do Rio Grande do Norte deverá receber pouco mais de R$ 3,6 bilhões em pagamentos do 13º salário até o dia 20 de dezembro, data limite para que todos os brasileiros do setor público e privado recebam o pagamento. Esse montante representa em torno de 3,5% do PIB estadual. Os dados apontam ainda que pouco mais de 1,261 milhão de pessoas deve receber o 13º no território potiguar.
O valor corresponde a 1,1% do total do Brasil e 7,2% da região Nordeste. A média de valores por pessoa é estimada em R$ 2.416. Os valores para cada segmento estão distribuídos da seguinte forma: os empregados formalizados ficam com 62,3% (R$ 2,2 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 21,2% (R$ 773 milhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do Estado caberão 12,5% (R$ 454 milhões) e aos do Regime Próprio dos Municípios, 4,0% (R$ 145 milhões). O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,1%.
Os números divulgados animam não só os consumidores, mas também o setor de comércio e serviços, o qual recebe boa parte deste valor com as compras de fim de ano, pagamento de dívidas e recuperação de crédito. “O pagamento do 13º salário é um momento crucial para a economia, especialmente para o comércio de Natal. Este salário extra traz um alívio financeiro para muitas famílias e, consequentemente, um aumento no poder de compra. Para nós, comerciantes, representa uma oportunidade significativa de alavancar as vendas de fim de ano, nosso melhor período em vendas”, afirmou José Lucena, presidente da CDL Natal.
O empresário destacou ainda que é comum os consumidores utilizarem parte do 13º para quitar dívidas, e que essa atitude também ajuda a economia. “É uma realidade, o pagamento do 13º ajuda a movimentar a economia. O fato de muitos consumidores optarem por negociar débitos e voltar ao crédito também impulsiona e movimenta a nossa economia, o que é essencial para que possamos terminar o ano com um resultado positivo, tanto para os empresários quanto para os consumidores”, finalizou José Lucena.
Tribuna do Norte