Palavras de Paulo Freire viram arte e ganham o mundo pelas mãos do ativista Ai Weiwei

Em Portugal, a um Atlântico de distância de onde a voz de Paulo Freire foi ouvida pela primeira vez, o eco do pensamento do educador brasileiro une o mundo. O artista chinês Ai Weiwei escolheu duas frases de Paulo Freire para traduzir em arte sua percepção sobre a opressão e a escravidão:

“A língua nunca é neutra”

“A consciência opressora
tende a transformar tudo
em torno dela em um
objeto de dominação”

Cada uma das frases marca a ferro o couro de boi esticado e exposto na mostra ‘’Rapture”, anunciada como a maior já realizada por Ai Weiwie. A exposição está ocorrendo em Lisboa/PT até o próximo mês de novembro e reúne 85 obras. Em entrevista à imprensa portuguesa à época do lançamento da exposição, o artista – que é conhecido como um dos principais ativistas políticos do mundo – explicou que a exposição reúne peças inéditas e muitas obras que já foram expostas no passado, mas que nunca estiveram juntas. E esse é o caso das que foram criadas com as palavras de Paulo Freire.

Cada uma das frases marca a ferro o couro de boi esticado e exposto na mostra ‘’Rapture”, anunciada como a maior já realizada por Ai Weiwie. A exposição está ocorrendo em Lisboa/PT até o próximo mês de novembro e reúne 85 obras. Em entrevista à imprensa portuguesa à época do lançamento da exposição, o artista – que é conhecido como um dos principais ativistas políticos do mundo – explicou que a exposição reúne peças inéditas e muitas obras que já foram expostas no passado, mas que nunca estiveram juntas. E esse é o caso das que foram criadas com as palavras de Paulo Freire.

O chinês lança mão da arte de outro nordestino para dar vida às duas obras: Ariano Suassuna. As frases de Paulo Freire foram traduzidas para o inglês, mas com grafia do alfabeto armorial, criado pelo poeta e romancista brasileiro com inspiração nos ferros de marcar gado usado com muita frequência no Nordeste do Brasil.

Ao lado das obras expostas, Ai Weiwei descreve o objetivo da união das palavras de Paulo Freire e da simbologia de Ariano Suassuna. “Cada família de criadores de gado tinha uma marca única, que servia como identificação de território e de posse. O gado, as terras e os escravos eram marcados da mesma forma”, explica o texto. E continua:

“O Brasil foi a última nação do hemisfério ocidental a abolira a escravidão, com cerca de cinco milhões de pessoas expatriadas à força durante o comércio de escravos no Atlântico. Hoje as formas de escravidão moderna, incluindo a servidão por dívidas, continuam sem controle”.

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