Com o bloqueio de 14,5% do orçamento de universidades e institutos federais anunciado pelo Ministério da Educação na semana passada, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), contabilizam, juntos, um corte de R$ 43,9 milhões.
A situação preocupa parte das instituições, que terão de adequar o orçamento para manter os serviços mínimos até o final do ano.
No IFRN, o bloqueio, de acordo com o reitor da Instituição, professor José Arnóbio, é de R$ 13.000.088,65. Segundo ele, ensino, pesquisa e extensão serão afetados com o corte que, somado aos dos últimos quatro anos, somam cerca de R$ 28 milhões. “De 2018 para cá temos perdas da ordem de R$ 15 milhões. Esse novo corte nos coloca uma redução de praticamente R$ 30 milhões, sendo que o valor dos nossos contratos aumenta”, afirma.
Para José Daniel Diniz, reitor da UFRN, “a situação é extremamente grave e precisa ser revertida com urgência”. Na universidade, o bloqueio é de R$ 23.972.313,00. O valor se soma a uma redução de mais de R$ 11 milhões que já havia sido feita neste ano. Desta vez, a restrição se refere a despesas para manutenção de custeio (limpeza, segurança, energia e água).
Na Ufersa, o bloqueio é de R$ 7.011.233,00. A reitora da instituição, Ludimilla Oliveira, esclareceu não haver impactos na universidade, porque a medida já era esperada, segundo ela. “Nós tínhamos feito um planejamento, porque esse sistema de bloqueio de contingenciamento da execução orçamentária na administração pública acontece todos os anos”, pontua.