Com Tebet, alas do MDB, PSDB e Cidadania tentam posição única pró-Lula

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) deve anunciar nos próximos dias apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais contra Jair Bolsonaro (PL). Tebet ficou em terceiro lugar na eleição de primeiro turno. Ela foi apoiada na Paraíba por Pedro Cunha Lima (PSDB) que seguiu seu partido em apoio à emedebista após aliança partidária entre PSDB, MDB e Cidadania.

Ainda durante a campanha, Tebet confidenciava reservadamente que não tinha dúvidas entre Lula ou Bolsonaro, segundo o Estado de S. Paulo. Logo após o resultado da apuração dos votos, Tebet disse que não vai ficar neutra nesta fase da eleição. “Eu sou uma política que respeita o processo partidário, o processo eleitoral, mas, no máximo, em 48 horas, vocês decidam porque eu vou me pronunciar”, disse Tebet em seu primeiro pronunciamento após o resultado do primeiro turno.

Os partidos de sua coligação – MDB, PSDB e Cidadania, ainda não decidiram o que irão fazer. Alas das três legendas pressionam para uma posição unificada a favor de Lula. O presidente do Cidadania, Roberto Freire, declarou que há uma preferência pelo petista, mas disse que não adianta reunir os partidos logo se “cada um vai para um lado”.

Dentro do MDB, o ex-presidente do Senado e deputado federal eleito Eunício Oliveira (MDB-CE), que apoia Lula desde o primeiro turno, avaliou que o apoio público de Simone Tebet ao petista é algo importante para este segundo turno. “É até a hora de ela juntar o máximo do partido, junto com Baleia (Rossi, presidente do MDB). É o papel que ela tem até em torno de uma liderança que ela conquistou nas ruas”, declarou.

Já no PSDB uma ala mais ligada a velha guarda tucana tende apoiar Lula, já os deputados federais da legenda resistem a endossar o petista e preferem Bolsonaro. A ideia da ala lulista é mostrar que o PSDB não tem nada a ganhar caso Bolsonaro se reeleja.

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