Por: Jamil Chade – Ao terminar o jogo final, caberá ao presidente Jair Bolsonaro deixar a ala VIP e entregar o troféu ao vencedor. De um lado, o capitão da seleção enxugará o suor antes de levantar a taça. Mas corre o risco de, ao receber, notar que ela está manchada. De sangue.
A decisão de transferir a Copa América ao Brasil, um dos epicentros da pior pandemia em cem anos, é um escárnio e revela que autoridades – do futebol e da política – simplesmente não respeitam vidas, e nem mortes.