A queda do Botafogo para a Segundona está longe de ser a pior notícia do ano. A luta do time carioca daqui para frente não será simplesmente retornar à elite, mas sobreviver.
Dono de uma história gloriosa, a equipe de General Severiano já tem uma dívida que chega na casa dos R$ 900 milhões, muito além do que faturou em 2019, quando ainda estava na Série A: R$ 185 milhões
Se mesmo na elite o Botafogo não chegou nem a R$ 200 milhões, na Série B, o rendimento será ainda menor. Não só porque sua torcida terá ainda menos vontade de consumir seus produtos, mas porque, hoje, a principal renda dos clubes é a que vem da TV. E o pagamento para os 20 times da segunda divisão é muito inferior.
Mais do que isso, o Alvinegro seguirá em uma temporada na qual não terá renda de bilheteria tão cedo e com um custo de, aproximadamente, R$ 100 mil por partida que manda no Estádio Nilton Santos. O pior é que a cada dia que passa essa dívida aumenta só com base nos juros.
Nos últimos meses, discutiu-se bastante a transformação do Botafogo em clube-empresa. A verdade é que a sequência de decisões erradas nos aspectos administrativo e financeiro deixa o time carioca agora com uma única saída: alguém que seja apaixonado a ponto de colocar dinheiro do próprio bolso para reestruturar completamente o clube. Resta ao torcedor rezar por um presente desse.
POR: Danilo Lavieri