Além de música e muito heavy metal, o primeiro dia do Rock in Rio 2022 teve bastantes protestos políticos. A multidão não perdeu tempo, e desde o começo do dia aproveita o silêncio dos instrumentos para puxar coros xingando o presidente Jair Bolsonaro. As bandas também não ficam atrás; sem medo de polêmica, posicionam-se.
Bandas brasileiras criticam política
Black Pantera, banda mineira, abriu o Rock in Rio 2022 recitando o poema Me Gritaron Negra, de Victoria Santa Cruz. O texto fala sobre crescer com preconceito. Citaram: “E vou rir daquelas pessoas que, por educação e por nos evitar, chamam os negros de ‘gente de cor’. E que cor é essa? NEGRA! E que linda soa! NEGRA! E que ritmo tem, NEGRA, NEGRA, NEGRA!” No telão, a banda piscou a mensagem “vidas negras importam.”
Na plateia, uma bandeira com as frases “Fora Bolsonaro” chamou a atenção.
Ratos de Porão também tinham algo a mostrar. A banda paulista se apresentou com a bandeira do Movimento Sem Terra, MST, pendurada em uma caixa de som. O baixista Juninho vestia uma camiseta do movimento. Enquanto o público entoava “ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”, o grupo acompanhou com os instrumentos.
Protestos internacionais
A banda Living Colour, de Nova York, também tinha alguns dizeres sobre a política brasileira. Corey Glover, vocalista, dedicou o show à Marielle Franco, e gritou frases como “f*da-se o fascismo”, e segurou durante alguns minutos uma placa na qual lia-se “vote” de um lado e “democracia” do outro. O público reagiu com um coro de “Fora Bolsonaro”, e o vocalista ficou quieto durante alguns minutos, sorrindo.