A matéria é do Blog do Barreto. O título e a imagem de capa foram modificados por nós.
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Blog do Barreto – O prefeito Allyson Bezerra (UB) está sendo tratado como “exemplo” de responsabilidade fiscal em sua campanha patrocinada com dinheiro público para ganhar fama de bom gestor e se viabilizar para o Governo do Rio Grande do Norte em 2026.
No entanto, a realidade dos números é bem diferente.
O prefeito encerrou 2024 deixando um rombo de R$ 198.215.301,69. Os números são alarmantes se comparados com municípios de tamanho semelhante ao de Mossoró, que tem 278.034 habitantes.
Parnamirim, cujo ex-prefeito Rossano Taveira (Republicanos) saiu do cargo com alta impopularidade, deixou um passivo de R$ 65.984.481,61. A cidade da Grande Natal tem 269.298 habitantes.
À título de comparação, a dívida de Parnamirim corresponde 7,28% do orçamento. Já a de Mossoró é de 15,85%.
A dívida por habitante em Mossoró é de R$ 712,92 por habitante enquanto em Parnamirim é de R$ 245.02.
Na cidade catarinense de São José, que tem 289.949 habitantes, a dívida deixada é de R$ 51.829.956, correspondente a 3,88% do orçamento.
A média por habitante é de R$ 178,76.
Para se ter ideia do quanto Allyson é nocivo as contas públicas municipais, o prefeito recebeu as chaves do Palácio da Resistência de Rosalba Ciarlini (PP) com R$ 34,6 milhões de restos a pagar, um valor bem menor do que o do período de transição do primeiro para o segundo mandato do pretenso candidato ao Governo em 2026.
Allyson violou o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal que proíbe contrair despesas sem que haja recursos suficientes para pagá-las.
Silvério Filho*