UOL – Mark Lemley, o advogado que representava a Meta em um processo de propriedade intelectual, anuncia que abandonou a companhia diante da decisão de Mark Zuckerberg de promover uma guinada nos controles de conteúdo de suas redes digitais.
Lemley, professor de direito na Universidade de Stanford, acusou o chefe da Meta de abraçar a “masculinidade tóxica e a loucura neonazista”.
Zuckerberg, na semana passada, afirmou no podcast de Joe Rogan que a cultura corporativa precisava de mais “energia masculina”.
O caso da Meta revela uma transformação no posicionamento da empresa. Em 2021, Donald Trump foi suspenso das plataformas Meta, Facebook e Instagram, por seus “elogios às pessoas envolvidas em violência no Capitólio em 6 de janeiro”. Suas contas foram reinstaladas desde então.
Em agosto de 2024, Trump ameaçou mandar Zuckerberg para a “prisão perpétua”, alegando que ele teria direcionado suas plataformas de mídia social contra ele nas eleições de 2020 e que, se fizesse o mesmo em 2024, seria punido.
Leia o texto completo publicado pelo advogado:
Tenho lutado para saber como reagir à queda de Mark Zuckerberg e do Facebook na masculinidade tóxica e na loucura neonazista. Embora tenha pensado em sair do Facebook, considero de grande valor as conexões e os amigos que tenho aqui, e não parece justo que eu perca isso porque Zuckerberg está tendo uma crise de meia-idade. Refletindo sobre isso, decidi ficar, embora provavelmente vá me envolver um pouco menos do que o normal. Mas estou fazendo as três coisas a seguir:
- Desativei minha conta do Threads.
O Bluesky é uma excelente alternativa ao Twitter, e a última coisa de que preciso é apoiar um site semelhante ao Twitter administrado por um aspirante a Musk.
- Não comprarei mais nada dos anúncios que vejo no Facebook ou no Instagram. O algoritmo deles tem meu número, e eu compro regularmente o que eles me mostram. Mas, no futuro, mesmo que eu queira algo, irei separadamente ao site para garantir que o Facebook não receba nenhum crédito pela compra.
- Eu demiti a Meta como cliente. Embora eu ache que eles estão do lado certo na disputa de direitos autorais da IA na qual eu os representei, e espero que eles ganhem, não posso mais, em sã consciência, atuar como seu advogado