China mais aberta, EUA isolados e UE enfraquecida: como a guerra de tarifas deve mudar a geopolítica e criar uma nova ordem global

G1 – De um lado, o maior governo comunista do mundo defendendo o multilateralismo e a “globalização econômica” e investindo em parcerias.

Do outro, o país símbolo do capitalismo apontando para o isolacionismo comercial..

Além de provocar uma montanha russa nos mercados mundiais, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China também pode estar reconfigurando a atual geopolítica mundial.

Ao longo da semana, em meio aos aumentos mútuos de tarifas entre os dois países, o governo chinês repetiu que a política tarifária de Donald Trump só vai conseguir isolar Washington, enquanto Pequim tem se esforçado para “conectar mercados” — como a África, a América Latina e a Europa.

Desde que começou seu segundo mandato, em dezembro, Trump tem apostado em decretos que afastam mercados e cidadãos estrangeiros, além de investir nas medidas protecionistas, como o tarifaço. É uma forma de o líder norte-americano impor suas regras no tabuleiro mundial, na avaliação do professor de Relações Internacionais da ESPM, Gustavo Uebel, especialista em geopolítica.

“Isso é uma forma de Trump alcançar mudanças geopolíticas sem precisar de guerras ou da diplomacia internacional”, disse Uebel.

Já o presidente chinês, Xi Jinping, propôs na sexta-feira (11), ao se pronunciar pela primeira vez sobre a guerra das tarifas, que o mundo se esforce para “manter a tendência de globalização econômica e resistir conjuntamente ao unilateralismo e à intimidação”.

Uebel diz achar que o líder chinês seguirá investindo em parcerias e alianças globais, “o único caminho possível” para alimentar e manter a economia chinesa.

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