Não é só no Brasil que as revelações sobre a chamada ‘Abin paralela’ estampam os jornais e principais sites de notícias. O escândalo sobre o esquema montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro para espionar autoridades e desafetos do ex-presidente tem ganhado destaque em veículos de imprensa de todo o mundo.
Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal (PF) deflagrou a 4ª fase da Operação Última Milha, cumprindo mandados de prisão contra investigados no inquérito da Abin Paralela, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo do relatório sobre a investigação, trazendo à tona detalhes dos supostos crimes cometidos no governo de Jair Bolsonaro com o esquema de arapongagem.
O tradicional jornal britânico The Guardian utilizou uma foto do ex-presidente brasileiro para ilustrar uma contundente matéria intitulada “Agência de espionagem do Brasil é acusada de monitorar ilegalmente inimigos de Bolsonaro”.
“A agência de inteligência do Brasil foi ilegalmente utilizada como arma durante o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro para monitorar e assediar alguns dos mais importantes políticos, jornalistas, juízes e autoridades ambientais do país, alegou a Polícia Federal”, introduz o periódico.
O jornal destaca, ainda, o fato da Abin ter supostamente sido utilizada para articular o chamado “gabinete do ódio” comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e para fomentar o movimento golpista observado no país entre o final de 2022 e início de 2023.