O investidor britânico William Browder, responsável pela campanha global para aprovação da Lei Magnitsky, criticou a aplicação dela contra Alexandre de Moraes, juiz do STF (Supremo Tribunal Federal).
O que aconteceu
Browder afirmou que o ministro não se encaixa nos requisitos necessários para imposição da Lei. Ele disse ter passado anos lutando pela aprovação dessa legislação ”para acabar com a impunidade contra violadores graves dos direitos humanos e cleptocratas”. ”Pelo que sei, o juiz brasileiro Moraes não se enquadra em nenhuma dessas categorias”, escreveu no X ontem.
Ele ainda republicou uma postagem que dizia que a ação se tratava de retaliação política. ”Triste dia quando os EUA usam a lei que William Browder passou tanto tempo lutando contra um juiz do Supremo Tribunal Federal brasileiro apenas por vingança política”, dizia a publicação.
Sergei Magnitsky, que dá nome à lei, era advogado russo do investidor. Em 2009, o homem foi morto em uma prisão de Moscou após expor um desvio de US$ 230 milhões das autoridades russas, que haviam acusado a empresa de Browder — Hermitage Capital Management — de não pagar cerca de US$ 17,4 milhões em impostos.
Após a morte de Magnitsky, o empresário conduziu uma campanha no mundo todo para sanções. A ideia era impor proibições de visto e congelamento de bens a violadores de direitos humanos.