Na Rússia é proibido protestar contra Putin: Polícia prende mais de 5.500 pessoas em protestos contra guerra

A polícia deteve mais de 2 mil pessoas em protestos anti-guerra realizados em 48 cidades de toda a Rússia neste domingo (27), segundo grupo de monitoramento de protestos. Os manifestantes desafiaram as autoridades russas, que já vinham realizando detenções nos últimos dias.

Mais de 5.500 pessoas foram detidas em vários protestos contra a guerra desde que a invasão começou na quinta-feira, de acordo com o monitor OVD-Info, que há anos documenta repressão à oposição russa.

Em Moscou, a tropa de choque frequentemente superava em número os manifestantes, alguns dos quais carregavam cartazes escritos à mão com sinais de paz e slogans antiguerra em russo e ucraniano. Alguns usavam máscaras com a palavra “Basta” estampada na frente.

Um repórter do canal de televisão independente Dozhd foi preso durante os protestos, apesar de mostrar seu credenciamento à polícia e usar um colete de imprensa.

Do lado de fora da luxuosa loja de departamentos Gostiny Dvor, no centro de São Petersburgo, centenas de manifestantes antiguerra estavam juntos, de braços dados e cantando.

Os protestos deste domingo coincidiram com o sétimo aniversário do assassinato do político da oposição Boris Nemtsov.

Em Moscou, algumas das prisões ocorreram em um memorial improvisado nos arredores do Kremlin, no local onde Nemtsov foi baleado, disse uma testemunha da Reuters. “Não à guerra!” gritou um dos manifestantes enquanto era arrastado pela polícia.

Nemtsov foi um crítico proeminente do presidente Vladimir Putin, da anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e do apoio de Moscou aos separatistas pró-russos na Ucrânia, o que acabou levando ao que Putin chama de “operação especial” para proteger as duas regiões separatistas, embora suas tropas estejam lutando. na Ucrânia mais ampla.

CNN*

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