‘País mais feliz do mundo’, Finlândia está de prontidão para eventual guerra com a Rússia; veja preparativos

Eleito o “país mais feliz do mundo” por diversos anos seguidos, a Finlândia está preparada também para momentos extremos, como uma eventual guerra com a vizinha Rússia.

A Finlândia divide mais de 1,3 mil quilômetros de fronteira com a Rússia e vem se preparando para uma eventual guerra “desde o fim da Segunda Guerra Mundial”.

Pelo menos foi o que disse ao jornal “Financial Times” (FT) a ministra finlandesa dos Assuntos Europeus, Tytti Tuppurainen:

“Preparamos nossa sociedade e treinamos para situações assim desde a Segunda Guerra”, disse Tuppurainen. “[Uma ameaça de guerra] Não nos pegará de surpresa”.

A Finlândia tem planos de contingenciamento para diversas situações de calamidade além de ter mais de 1/3 da sua população adulta entre os reservistas das Forças Armadas.

O país construiu uma rede de túneis e verdadeiras “cidades subterrâneas” que estão preparadas para abrigar civis em meio a bombardeios.

Estoque de alimentos e remédios

Segundo reportagem do FT, a Finlândia consegue manter em estoque um abastecimento de pelo menos seis meses dos principais grãos e combustíveis.

Além disso, o país também obriga suas farmacêuticas a guardarem remédios e substâncias importadas equivalentes a dez meses de uso.

Abrigos e túneis

A Finlândia também está preparada para abrigar sua população civil em momentos de crise. Todos os prédios mais novos foram construídos com abrigos antibombas em seu subsolo.

Além disso, em áreas onde não há proteção suficiente, a população pode ir se abrigar em estacionamentos subterrâneos, ringues de gelo e clubes.

Até 2020, pelo menos 54 mil abrigos já haviam sido construídos. Eles são capazes de abrigar mais de 4,4 milhões de pessoas, segundo estima o Ministério do Interior.

A capital finlandesa, Helsinki, é na verdade duas: uma na superfície e outra debaixo da terra.

A cidade conta com uma rede com mais de 10 milhões de quilômetros quadrados de túneis em um projeto de urbanização que começou ainda na década de 1980 e segue até os dias de hoje.

São shoppings, termas, reservatórios e o metrô. Todos ambientes que podem, facilmente – em até 72 horas –, ser convertidos em abrigos antibomba, segundo o Interior.

G1*

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