A revista britânica The Economist publicou hoje um editorial em que critica a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a publicação, o uso da Lei Magnitsky neste caso é inédito e pode acabar tendo efeitos contrários aos pretendidos.
O que aconteceu
Editorial considera que os EUA podem ter dado um tiro no pé. Segundo o texto, em vez de enfraquecer a atuação do ministro, a medida fortalece o discurso do presidente Lula de que Bolsonaro e seus aliados são “traidores”. “A nova aplicação da Lei Magnitsky pode sair pela culatra”, diz a publicação.
Revista questiona enquadramento de Moraes como violador de direitos humanos. A Economist lembra que a Lei Magnitsky já foi usada contra generais genocidas de Mianmar e autoridades russas acusadas de assassinato, mas afirma que Moraes “não fez nada parecido”. Para a revista, o ministro foi sancionado por sua atuação nas investigações contra Jair Bolsonaro, aliado de Trump, que será julgado por tentativa de golpe após perder as eleições de 2022.