Trump admite que reduziu testes para esconder casos de Covid-19

Na retomada da campanha eleitoral em Tulsa, Oklahoma, Donald Trump realizou comício neste sábado (20). Em discurso, Trump, que é candidato à reeleição, admitiu ter ordenado reduzir os testes de detecção de Covid-19 para reduzir número de casos. A informação é do G1.

“Testar é uma faca de dois gumes. Testamos até agora 25 milhões de pessoas. Provavelmente são 20 milhões a mais do que qualquer outro país. Aqui está a parte ruim: quando você faz tantos testes, encontra mais pessoas, encontra mais casos. Então, eu disse ao meu pessoal: diminuam os testes, por favor”, disse Trump.

Nos EUA, a pandemia já matou mais de 119.000 pessoas e infectou 2,2 milhões. Somente neste sábado, foram registrados mais 30 mil contaminados.

O evento realizado num espaço fechado – com capacidade para 19.000 pessoas – não lotou. Houve distribuição de máscaras, mas poucos usavam, já que ninguém foi forçado a usar a proteção. Apesar da aglomeração, não houve distanciamento social dentro do complexo.

No entanto, para participar do comício foi necessário comprometer-se a não processar a equipe eleitoral de Trump, mesmo que alguém contraia Covid-19 no local.

Trump também aproveitou para atacar seus adversário. Seguindo a narrativa do falso inimigo, Trump reclamou do que chamou de “extremismo radical” dos democratas. Há poucas dias, o presidente defendeu o uso das Forças Armadas contra manifestantes antirracistas e antifascistas.

“Os democratas querem preencher os tribunais com extremistas”, disse Trump, que desqualificou seu rival nas eleições presidenciais de novembro, o candidato democrata Joe Biden, voltou a culpar a China por não ter controlado a propagação do vírus; e reivindicou ser o presidente da ‘lei e ordem’.

“Se Biden chegar ao poder, será o fim dos EUA, já que é controlado pela esquerda radical”, disse.

O local escolhido por Trump para retomar sua campanha pela reeleição é o mesmo de um dos piores massacres de afro-americanos da história, ocorridos em 1921, quando até 300 negros morreram nas mãos de grupos racistas.

Trump aproveitou o evento para criticar os protestos que destruíram estátuas e monumentos dos confederados, movimento que era contra a abolição da escravidão nos EUA. Para Trump, os manifestantes são “anarquistas e incendiários”.

“Eles querem demolir nossa herança … Deveríamos ter legislação para que, se alguém quiser queimar a bandeira e pisar nela, seja preso por um ano”, afirmou.

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