A Prefeitura de Natal liberou, nesta segunda-feira (21), o primeiro trecho da faixa de areia da obra de engorda da praia de Ponta Negra, que vai do SERHS Natal Grand Hotel e Resort até o Ocean Palace Resort. Com isso, frequentadores da praia e turistas que visitaram o local aprovaram os primeiros resultados da obra. A faixa de areia nesse trecho foi ampliada em cerca de 100 metros durante a maré baixa, enquanto o trecho seguinte, até o hotel Rifóles, permanece interditado. A expectativa é que, até o final de dezembro, os serviços sejam concluídos, estendendo-se até o Morro do Careca.
“Já foi feito todo o engordamento até o Hotel Ocean e agora seguimos até o Hotel Rifóles. Tivemos aumento das marés entre os dias 16 e 20, por isso, observamos como se comportaria a engorda, para depois liberar. Mas não tivemos nenhum problema. Passou no teste”, afirmou o secretário de Obras de Natal, Carlson Gomes.
Ele se referia ao fato de que, na semana passada, a orla da capital foi atingida por fortes ondas, ocasionadas pelo aumento das marés e pela força dos ventos, como já havia ocorrido no final de setembro, provocando transtornos em equipamentos públicos e privados localizados em Ponta Negra, Via Costeira e na Redinha. O fenômeno serviu para “testar” se o aterro hidráulico em execução suportaria a força do mar.
A prefeitura pede que os banhistas sigam as orientações de segurança e respeitem as áreas ainda em construção. Policiais do Pelotão de Cavalaria fazem rondas na região. No trecho já liberado, há espaço suficiente para acomodar guarda-sóis, mesas e espreguiçadeiras.
Com isso, o acesso ao banho de mar ficou mais agradável. “A orientação é que a praia já pode ser utilizada na faixa liberada, exceto na parte interditada. Estamos realizando um trabalho para ajudar a areia a adquirir sua coloração normal, pois, por estar ainda úmida, apresenta uma tonalidade mais escura, mas voltará à cor original”, explicou Gomes.
Nativos e turistas que foram conferir o resultado aprovaram a obra. “Não sabemos exatamente como foram feitos os testes de controle, mas, à primeira vista, está aprovado. Quando estivemos aqui antes, não conseguíamos caminhar porque o mar alcançava o hotel, não apenas nesse trecho, mas em toda a extensão da praia”, comentou o turista Rodolfo Landim, 42, em sua terceira visita a Natal com a esposa e o filho, notando a diferença no local.
O mineiro Jhonata Davi, 30, também não perdeu a chance de conferir com a família e aproveitar o banho de mar. “É a segunda vez que viemos a Natal e ficamos nesse resort. A obra é benéfica para a cidade e para os visitantes, pois a água não invade mais a área. O lado negativo é a vista do mar e das ondas, que não se vê como antes, se ficarmos no início da faixa de areia”, avaliou o turista.
A crítica dele se deve ao fato de que, no encontro da água com a areia, forma-se um desnível que impede o avanço das ondas, justamente porque a obra de engorda é uma intervenção para ampliar a faixa de areia e conter o avanço do mar. No caso de Natal, busca-se preservar também a integridade do Morro do Careca, além da infraestrutura da orla.
A liberação parcial faz parte de um cronograma gradual do projeto, que ainda está em andamento em outros trechos da praia. A expectativa é de que, em breve, toda a extensão da praia esteja disponível para uso de turistas e moradores, contribuindo para o fortalecimento do turismo e do lazer na capital potiguar.
O professor Everson Ferreira, 38, observou que o espaço também viabilizou o tráfego de pessoas e animais, sem que a água do mar os alcance. “É a primeira vez que a gente vem aqui após o início da obra e vimos que ficou muito bacana, com um espaço melhor para passear, uma faixa de areia maior que vai possibilitar a prática de esportes e passeio com animais, que é o que a gente gosta de fazer, além de favorecer o turismo”, comentou.
A Prefeitura de Natal publicou, nesta segunda-feira (21), informações sobre uma coleta de preços para a contratação de uma empresa que realizará o controle e monitoramento da exploração da nova jazida de areia para a obra de engorda. De acordo com o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Thiago Mesquita, a ideia é que o trabalho da empresa contratada aconteça tanto durante os serviços quanto de 6 a 12 meses após a exploração.
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