Enquanto o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fazia um espetáculo em Natal, anunciando um plano de testes rápidos com um ano e meio de atraso.
Na Grande São Paulo, nos municípios de Barueri e Itapevi, a Polícia Federal faz operação na sede da ‘Precisa Medicamentos’, cumprindo mandados de busca e apreensão.
A empresa entrou na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid por ter intermediado a aquisição de doses da Covaxin entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech.
A operação foi solicitada pela CPI da Covid, e autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.
Em nota, claro, a Precisa chamou a operação de “inadmissível”.
“A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão”, diz trecho da nota.
A Polícia busca documentos que comprovem que uma autoridade da alta cúpula do governo federal atuou em favor da compra da Covaxin.
Na mira da CPI
O contrato para a compra da Covaxin, de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses, é alvo de investigações do Ministério Público Federal, do Tribunal de Contas da União e da Polícia Federal.
A CPI apura as supostas pressões do governo para liberação do imunizante, além das suspeitas de irregularidades no contrato. A aquisição da vacina acabou suspensa.
De acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), a Covaxin foi a vacina mais cara negociada pelo governo federal até agora: R$ 80,70 a unidade, valor quatro vezes maior que a vacina da Fiocruz, a AstraZeneca. Os valores não chegaram a ser desembolsados.
Fonte – G1