Com salários congelados há seis anos, os servidores municipais da capital potiguar receberam com indignação a notícia do aumento dos salários dos vereadores e pretendem, por meio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat), questionar judicialmente a legalidade da medida.
A votação foi realizada em sessão ordinária desta quarta-feira (23), com 18 votos favoráveis e apenas cinco contrários, de Ana Paula Araújo (PL), Divaneide Basílio (PT), Eleika Bezerra (PSL), Júlia Arruda (PCdoB) e Franklin Capistrano (PSB).
Segundo a coordenadora geral do Sinsenat, Soraya Godeiro, o projeto não estava na pauta da sessão desta quarta e foi votado na frente de outros, como o Projeto de Lei Complementar nº 14/2020, que diz respeito ao interesse dos servidores.
“Fomos surpreendidos, porque estava na ordem do dia um projeto proposto pelo Sinsenat e demais entidades sindicais e apresentado pela vereadora Divaneide para adiar o aumento da alíquota previdenciária de janeiro para março. O nosso projeto não foi votado, foi deixado em segundo plano”, contou a sindicalista.
Soraya lembra que vereadores já têm remuneração alta, e além dos salários possuem as assessorias e verba de gabinete, uma série de benefícios que podem garantir a atuação do mandato.
“Eles têm o poder de tirar comida da mesa do servidor taxando de 11% pra 14% a Previdência e ao mesmo tempo o poder de aumentar seus próprios salários. É muito revoltante, porque eles sabem da situação dos servidores municipais, que estão há mais de seis anos com os salários congelados”, reclama Soraya Godeiro.
Saibamaisrn*