G1 – A taxa de ocupação de leitos de UTI, exclusivos da rede estadual para o tratamento de pacientes com a Covid-19, subiu para 98,01% em São Luís. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgados na noite dessa sexta-feira (15), há 201 leitos de UTI oferecidos na capital e 197 deles estão ocupados.
Com apenas quatro leitos de UTI disponíveis na rede estadual, o sistema de saúde de São Luís se aproxima de um colapso. Houve aumento também da taxa de ocupação dos leitos clínicos, dos 531 leitos oferecidos, 501 estão ocupados, o que representa 94,35% de ocupação.
A situação também é crítica em Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão, que fica no sul do estado, onde a taxa de ocupação de leitos na rede estadual de Saúde é de 84,38%.
Os dados da SES apontam que Imperatriz tem 32 leitos de UTI oferecidos e 27 ocupados. Quanto aos leitos clínicos, há 66 oferecidos e 44 ocupados, o que representa uma taxa de ocupação de 66,67.
Imperatriz já tem o registro de 653 casos de Covid-19 e 36 mortes. Apesar da alta taxa de contaminação e da diminuição na oferta de leitos, o prefeito da cidade, Assis Ramos, decidiu flexibilizar o decreto municipal sobre as medidas restritivas.
Segundo o gestor municipal, um novo decreto entra em vigor a partir de segunda-feira (18), permitindo o funcionamento de alguns estabelecimentos de serviços não essenciais, como calçadão, shoppings e autoescolas.
Diante da decisão do prefeito, o Ministério Público do Maranhão e o Ministério Público Federal estão solicitando que Assis Ramos explique os fundamentos médicos que estão servindo como base para a flexibilização das regras de distanciamento e isolamento social. Já a Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA) protocolou uma Ação Civil Pública (ACP) na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Imperatriz, solicitando o ‘lockdown’ (bloqueio total) na cidade.
Os defensores afirmam que o aumento de casos resulta em saturação da rede pública de saúde do município. Os dados oficiais do portal da transparência de Imperatriz, acerca da ocupação dos hospitais municipais, também mostram um aumento na taxa de ocupação dos leitos de UTI, que já é de 96%.