O número de homicídios no Ceará chegou a 122, em uma média diária de 30,5, nos quatro dias de paralisação de parte dos policiais militares. O sábado (23) de Carnaval teve 34 assassinatos. Na quarta-feira (19), foram 29, na quinta (20), 22 e, na sexta (21), o número chegou a 37.
O mês todo de janeiro teve 261 homicídios, uma média de pouco mais de oito por dia. Em fevereiro de 2019, foram 164 homicídios, uma média de menos de seis por dia —em 2020, já são 286 no mesmo mês. Na segunda-feira (17) antes do início da paralisação houve três homicídios e, na terça (18), dia em que os policiais começaram a parar no início da noite, foram cinco.
Na tarde de sábado, na cidade de Aracati (150 km de Fortaleza), um policial militar foi preso acusado de matar um homem de 21 anos. Aracati tem uma das mais conhecidas festa de Carnaval do Ceará e chegou a contratar agentes privados para fazer a segurança dos foliões.
Em Beberibe, a 80 km da Capital, os corpos de um homem de 39 anos e de sua filha de 1 ano e 11 meses foram encontrados na casa da vítima. A polícia informou que havia marcas de tiros nos dois.
O governo federal enviou ao Ceará, após pedido do governador, Camilo Santana (PT), agentes da Força Nacional e do Exército para ajudar no policiamento ostensivo nas ruas. São 2.500 homens do Exercito que começaram a atuar efetivamente neste domingo (23) —os 150 agentes da Força Nacional começaram a chegar na quinta-feira (20).
Por Folhapress