Em áudios interceptados, fugitivos de Mossoró contam detalhes sobre os 50 dias de esconderijo

A prisão dos únicos fugitivos na história dos presídios federais de segurança máxima do Brasil ocorreu após 50 dias de fuga, na última quinta-feira (4).

Vídeos mostram a abordagem policial aos criminosos, antes de eles serem presos. Nas imagens, que podem ser vistas acima, agentes da Polícia Rodoviária Federal abordam um carro preto. O primeiro a sair é o motorista, que já coloca a mão na cabeça. O segundo, o carona, é Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, o Tatu. Os dois recebem a ordem para deitar no chão.

Em outro vídeo, agentes da Polícia Federal perseguem um carro branco. Nele, está Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, o Martelo, com mais um comparsa. Eles também são presos.

Perto dali outra equipe da PRF aborda um terceiro carro, com mais dois criminosos que davam apoio para a fuga. O que os criminosos não sabiam é que estavam sendo monitorados pela Polícia Federal.

O dia da prisão

O dia da prisão começou cedo para os foragidos. Às 6h40 da manhã, eles passaram por Marituba, que fica a 11 quilômetros de Belém. Às 9h40, a localização dos bandidos marcava o município de Tailândia. Passaram por Goianésia às 11h15. 12h05, Jacundá e, 12h45, Nova Ipixuna.

Às 13h03, em Morada Nova, agentes da Polícia Federal em carros descaracterizados viram quando os carros dos bandidos furaram um bloqueio da Polícia Militar do Pará. E começaram a seguir os criminosos.

Conversas por celular

A Polícia Federal monitorava, com autorização da Justiça, ligações telefônicas dos fugitivos. O Fantástico teve acesso, com exclusividade, às conversas do criminoso Rogério da Silva com uma mulher.

“O bagulho foi cerradinho. Se tu ver, eu passei por um imprensado grande, grande, grande, mesmo assim, se tu ver, um bagulho de filme mesmo. Os caras perseguindo nós, passando assim e nós sentido os “chulé” da bota dos caras”, contou sobre a fuga.

“Eu acho que não vai mais um mês, porque agora nós atravessamos uma parte por água. Estamos aqui na ilha esperando alguém buscar nós… Vai tirar nós de dentro do país”, afirmava o então fugitivo

G1/RN

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