A Polícia Federal, em parceria com o MPF e a CGU, deflagrou hoje a segunda fase da Operação Apneia, que investiga irregularidades em contratos da Prefeitura de Recife durante a pandemia da Covid-19.
O alvo é um contrato, com dispensa de licitação, para a compra de 500 respiradores pulmonares em caráter emergencial.
Os mandados de hoje foram cumpridos em Recife e em São Paulo.
Segundo as investigações, empresas com débitos com a União superiores a R$ 9 milhões se valeram de uma microempresa fantasma, que está no nome da ex-companheira do proprietário de fato, para fechar contrato com a Prefeitura.
O total contratado ultrapassava o patamar de R$ 11 milhões. A empresa chegou a fornecer 35 respiradores, em contrato desfeito no dia seguinte após as primeiras notícias sobre suspeitas de irregularidades.
Os respiradores adquiridos nem sequer foram usados.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de dispensa indevida de licitação, uso de documento falso, além de sonegação fiscal e previdenciária e ainda associação criminosa, sem prejuízo de outros delitos que venham a ser apurados no decorrer da investigação.