Após o Facebook excluir contas inautênticas, a situação de integrantes do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, de seus filhos e aliados deve se agravar. A Polícia Federal quer ter acesso a todos os dados da investigação privada realizada pela empresa. O pedido da PF foi feito no inquérito que apura o financiamento dos atos antidemocráticos, cuja relatoria é do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A apuração da rede social ligou um assessor do Planalto a ataques contra opositores de Bolsonaro.
A PF argumenta no pedido que a determinação à rede social deve ocorrer de maneira urgente, para que as pessoas envolvidas com as contas removidas não tenham tempo de se desfazer dos dados. É Moraes quem deve decidir sobre a solicitação.
A Polícia Federal entrou de fato na investigação do caso há alguns dias —antes, apenas cumpria medidas autorizadas pelo Supremo. O documento enviado ao ministro foi assinado pela delegada Denisse Dias Ribeiro.Há cerca de um mês, um despacho da delegada gerou polêmica. Ela solicitou ao ministro do STF uma postergação ou até cancelamento da operação que pegou bolsonaristas, por divergências de metodologia. Entre os argumentos usados, Denisse alegou “risco desnecessário” à estabilidade das instituições.PAINEL – FOLHA