Vigilante, marceneiro e caixa de supermercado estão entre as vítimas dos confrontos em comunidades do Rio

Um vigilante, um marceneiro e uma caixa de supermercado estão entre os 18 baleados na terça-feira (27) nas trocas de tiros entre PMs e traficantes em diferentes pontos do Rio.

O vigilante e o marceneiro morreram. Já a caixa de supermercado Bruna Barros Viana, de 39 anos, foi atingida no pescoço, mas sobreviveu.

Os confrontos deixaram 9 mortos – seis criminosos, segundo a polícia – e aconteceram no Morro dos Prazeres, no Rio Comprido, no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, e no Morro da Providência, na região central.

Também houve confrontos em outras duas comunidades: Mangueira e Lins, ambas na Zona Norte.

Por causa dos conflitos, três postos de saúde nas regiões fecharam as portas e suspenderam a vacinação contra a Covid.

Um dos tiros acertou o vigilante Denis Francisco Lima Paes, de 46 anos, no Morro dos Prazeres. Ele foi ferido na perna e chegou a ser levado com vida para o hospital, mas não resistiu. O vigilante estava voltando para casa para reencontrar a mulher e cinco filhos depois de um dia de trabalho.

A outra vítima é o marceneiro Gemerson Patricio de Souza. Numa rede social, moradores de Tomás Coelho contaram que ele morava em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e trabalhava numa firma no bairro. Testemunhas disseram que Gemerson estava descendo a passarela perto do Morro do Juramento para chegar ao trabalho quando foi atingido.

Já Bruna foi atingida no pescoço por uma bala perdida dentro da van que passava pela Rua Barão de Petrópolis, perto do Morro dos Prazeres. Ela foi levada para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, e, segundo a sua irmã, não sente o corpo do pescoço para baixo.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os baleados foram levados para unidades de saúde do Rio. Só no Souza Aguiar foram 9 baleados – sendo que 4 já chegaram mortos ao hospital. Os outros 5, entre eles Bruna, têm quadro estável.

Defensoria Pública do Rio de Janeiro pediu explicações sobre as ações.

“É muito preocupante, a gente observa que a decisão do Supremo de suspensão das operações policiais, inicialmente, teve um impacto muito significativo na redução de tiroteios, de mortes pelas polícias e de policiais feridos, ela vem, a partir de outubro do ano passado, sendo interpretado de forma errada”, disse o defensor Daniel Lozoya.

“O indicativo disso é o aumento das operações e das mortes. Tanto que esse ano nós voltamos ao patamar anterior da decisão, uma média de mais de 5 pessoas mortas por dia somente pela polícia do Rio de Janeiro”, destacou.

G1*

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