Política: Bibi Costa, o calcanhar de Aquiles (ou de Tadeu)?

Por Antônio Neves – Professor e Historiador

Os ventos que sopram da Praça da Catedral em tempos de Festa de Sant’Ana dão conta que o tabuleiro político da cidade está se movimentando a toda velocidade. As promessas são para além do Altar Mor da avó de Jesus, pois as eleições de 2026 também recebem suas intenções de votos.

Nos alpendres das fazendas onde tudo se decide, os caldeirões não servem só bode assado, galinha caipira e cachaça Samanaú, o cardápio da política é ingrediente azeitado, mesmo que alguns prefiram esconder os fatos e negar intenções.

Não é só o deputado Vivaldo Costa que tem dado a honra de aparecer no terreiro de Sant’Ana para viver seus festejos, seu irmão e ex-prefeito Bibi Costa tem sido só sorrisos e abraços junto aos correligionários da terra, trazendo consigo uma novidade – é pré-candidato a deputado estadual nas próximas eleições – Pense num ribuliço!

Em entrevistas a alguns blogs e rádios locais Bibi tem declarado, entusiasmadamente, seu desejo de disputar uma cadeira para o parlamento estadual, a questão é saber se ele vai levar a sério suas intenções. A notícia da sua pré-candidatura agradou muitos e tem provocado preocupação em alguns.

Ser ou não ser? Eis o desafio!

As vozes das ruas comentam o retorno de Bibi Costa a política com certa satisfação. Seu nome como pré-candidato foi acolhido positivamente e ganha aprovação popular, por isso, começou a incomodar. A incógnita é: o que pensa o atual deputado Vivaldo Costa e seus liderados? Vão embarcar na candidatura de Bibi ou vão deixá-lo naufragar para investir em outros projetos eleitorais?

O sistema político-familiar-vivaldista já não é mais o mesmo. Vivaldo Costa já não tem a força eleitoral de anos anteriores, mas ainda é um líder, contudo, Bibi Costa sempre preferiu manter-se independente da sombra do Papa Jerimum, mas, certamente, quer seu apoio, e é aí que está um dos gargalos a ser destravado; o herdeiro político de Vivaldo não é Bibi, o prefeito Judas Tadeu reivindica este direito, até se imagina, hoje, politicamente, maior do que Vivaldo, talvez por ter a caneta da Prefeitura nas mãos, por isso, também pleiteia a indicação da candidatura em disputas.

Reeleito para governar Caicó, Judas Tadeu foi acometido pela Mosca Azul do poder e deseja voar alto, também sonha com a Assembleia Legislativa, mas para isso, vai ter que trair os caicoenses que acreditaram que ele ficaria até o fim do seu segundo mandato na gestão municipal, não ficando, vai ter que desmontar o quebra cabeça político em andamento para desestimular o projeto eleitoral de Bibi Costa, removendo-o da candidatura de deputado e, para isso, já colocou seu exército da “imprensa” do contracheque em ação, fabricando narrativas maliciosas para descredenciar as intenções eleitorais do ex-prefeito. Mas pelo que parece, a estratégia dos que não querem a candidatura de Bibi Costa não está funcionando, o povo nas ruas o tem abraçado com declarações de apoio, e ele está gostando!

Resumo da festa: As intenções políticas para 2026 de Bibi e Tadeu se chocam entre vaidades, disputas e interesses pelo estabelecimento de uma nova ordem de mando e controle do espólio político-eleitoral de Vivaldo Costa (que também poderá vir a ser candidato). O prefeito Tadeu sabe que vai precisar convencer muita gente de que seu nome é viável e confiável (principalmente a família Costa), mas a renúncia ao mandato de prefeito vai lhe custar algumas cobranças. Já Bibi saiu na frente, está nas ruas e também tem o que mostrar como gestor, resta saber se terá coragem de enfrentar uma campanha eleitoral como as dos dias de hoje. No momento, o apoio que ambos estão acalentando com muita mídia e oração, é o de Sant’Ana padroeira, esta sim, neste período, tem poder!

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