As visitas ao corpo do papa Francisco acontecem desde a terça-feira (21) na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Reitor do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma, o monsenhor Valdir Cândido, disse, em entrevista ao programa Tribuna Livre, da Jovem Pan News Natal (93.5), que o clima era de silêncio e muita gente chorando na despedida do pontífice falecido na segunda-feira (21).
As filas quilométricas integram o cenário de despedida do papa. “Eu tive a oportunidade de ver em dois momentos. Um deles foi na terça-feira quando estive lá uma hora diante do corpo do papa”, relatou.
Para o monsenhor, o maior marco do papa Francisco com a igreja católica do Rio Grande do Norte foi a canonização dos protomártires de Cunhaú e Uruaçu. “Ele disse que o milagre já foi feito, e tomou para si a responsabilidade para canonização dos santos mártires. Para Natal, temos Dom João [Santos Cardoso, Arcebispo de Natal] que foi nomeado por ele. O papa não deixou a diocese órfã depois que os bispos completaram o tempo previsto”.
O monsenhor relembra que o Papa Francisco quebrou protocolos ao longo da trajetória e se aproximou dos mais pobres e das causas ambientais. “Pelo seu modo de ser feria todos os protocolos da segurança do vaticano, em vista de querer estar próximo ao povo”, revela.
Vários chefes de Estado chegam para o funeral. De acordo com o monsenhor, um fato importante é que no Vaticano, tradicionalmente, se começa a preparar o Conclave – reunião que acontece para escolha o novo papa – após o sepultamento do papa. Entretanto, muitos dos cardeais votantes já estão em Roma e já estão se reunindo uma vez por dia para analisar como será esse encontro para definição do próximo pontífice.
Segundo o reitor, quatro cardeais brasileiros já estão presentes: Dom Sérgio da Rocha (Salvador), Dom Jaime Spengler (Rio Grande do Sul), Dom Odilo Scherer (São Paulo) e Dom Leonardo Steiner (Manaus).