Quem foi São Jorge?
Popular em várias religiões, o santo é um dos poucos venerados tanto pela Igreja Católica quanto pela Ortodoxa. Também é reconhecido no Candomblé e na Umbanda.
Para os católicos, é representado por um homem com uma lança em cima de um cavalo branco. Foi um soldado que, segundo o Vaticano, morreu por ser cristão e é “padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros”. Costuma ser invocado “contra a peste, a lepra e as serpentes venenosas”.
Além de ser um dos santos mais populares dos cristãos, São Jorge é personagem de diversas histórias medievais que perduraram no tempo e que incluem o famoso relato do combate a um dragão. Na umbanda e no candomblé, ele costuma ser associado a Oxóssi e a Ogum, orixás da caça e da guerra, respectivamente.
Não há registros que confirmem, de fato, a existência de São Jorge. Mas, na história mais popular, ele teria nascido por volta de 280 d. C. na Capadócia, antes de migrar para a Palestina. Foi integrante do exército do Império Romano e foi decapitado em 303 d. C. por se negar a matar e perseguir cristãos, em 23 de abril daquele ano.
A história de São Jorge foi se expandindo ao longo da idade medieval na Europa. Durante as cruzadas, o santo se tornou um trunfo para cavaleiros e soldados, tido como protetor dos cristãos contra os mouros.
São Jorge matou um dragão?
Depois de anos como protetor dos cristãos, em 1290, São Jorge foi um dos protagonistas do livro “Lenda Dourada”, escrito por um escriba chamado Jacopo de Varazze. As páginas reuniam algumas das histórias contadas sobre o santo e seus feitos extraordinários.
No capítulo dedicado a ele, conta-se a história de que a Capadócia sofria com um dragão que destruía as casas turcas e contaminava os rios. O povo, com medo da fera, oferecia jovens virgens como sacrifício para acalmá-lo. Quando a filha do rei da cidade foi enviada para o dragão, São Jorge foi protegê-la montado em um cavalo. Diz a lenda que ele teria vencido o monstro, cortando-lhe a cabeça.