Depois de uma década, o porto de Natal volta a exportar açúcar. Atracou nesta segunda-feira, 20, no município de Arês, o navio graneleiro Ithaki, de bandeira das ilhas Marshall, com a primeira carga de 12 mil toneladas da Usina Estivas.
A safra de cana, que começou em agosto e está chegando ao fim, deve fechar com 2,6 milhões de toneladas no estado a um valor considerado bom pelos produtores, de R$ 80 a tonelada, segundo Bráulio Gomes, presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Rio Grande do Norte.
A Usina Estivas, localizada em Arês, é de propriedade da companhia Pipa Agroindustrial, que pertence a um fundo de investimento da corretora Socopa. Estivas produz mais açúcar ao passo que a Usina Baia Formosa produz mais etanol. Tem capacidade de moagem de 1,8 milhões de toneladas de cana por safra. Bráulio atribui o bom regime de chuvas e à cotação do dólar à quebra do jejum na exportação de açúcar pelo porto de Natal. A última vez foi em 2010.
O Brasil está entre os três maiores produtores de açúcar do mundo e primeiro lugar como exportador de açúcar produzido a partir da cana-de-açúcar. A França, por sua vez, é o primeiro produtor mundial de açúcar de beterraba e o primeiro produtor de açúcar da União Europeia, quando consideramos a produção do açúcar a partir da cana-de-açúcar oriunda de outros países. A Índia é a maior produtora mundial.
A área plantada com cana no estado, nessa safra, foi de 53,2 mil hectares, sendo 8,1% menor que a plantada na safra 2017/18, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A diminuição da área plantada, porém, compensada pelo aumento da produtividade.