Deputado diz que governo tem mais receita e gasta mal

O deputado estadual José Dias (PSDB) critica o governo Fátima Bezerra (PT) por apresentar “uma narrativa que não tem a menor relação com a realidade do Estado”, porque o Rio Grande do Norte continua “numa situação financeira difícil”, apesar de reconhecer que “o Rio Grande do Norte foi o estado que mais cresceu o ICMS, um crescimento de 15,51% em 2023”, comparado com 2022, saindo de R$ 7,72 bilhões para R$ 8,92 bilhões, conforme informou, na terça-feira (27), a TRIBUNA DO NORTE DO NORTE.

“Com esse dinheiro todo, a governadora pagou as contas? As emendas que apresentamos, ainda falta uma ‘laminha’, veio pagar agora mais da metade do valor em 2024”, reclamou o deputado José Dias, ao usar o horário das lideranças, no plenário da Assembleia Legislativa.

“Quanto mais dinheiro bota na mão de uma pessoa incompetente, vai ter um buraco maior, porque a tendência é gastar mais e mais, irresponsavelmente”, lamentou Dias, que rechaça a desculpa do governo ao culpar deputados por uma eventual crise de caixa do Tesouro estadual pela derrota sofrida no fim de 2023, com a não aprovação do aumento da alíquota de ICMS de 18% para 20% este ano.

“É isso que está acontecendo no Rio Grande do Norte, não há nenhum motivo para que o povo seja acusado de a governadora não ter mais dinheiro pra fazer o que ela quer, sem consultar os interesses da população, se povo não tem mais dinheiro para poder pagar impostos”, continuou o parlamentar tucano.

José Dias disse que a maioria do legislativo seguiu a vontade do povo, ao manter a alíquota de 18%: “Foi isso que nós fizemos, não tiramos dinheiro do governo, até porque o dinheiro é do povo. O governo é que não tem consciência disso, e esse dinheiro cresceu assustadoramente, as transferências federais vão aumentar este ano, o próprio governo federal anuncia”.

Dias acusa a governadora de “não ter respeito por qualquer resquício de comprometimento com a verdade, diz que o único estado que o ICMS foi reduzido, já começa com uma inverdade, porque a alíquota é de 18%”.

José Dias referia-se ao fato de que a Assembleia aprovou a elevação em 2% do ICMS para vigorar entre abril e dezembro de 2023, a pedido próprio governo, com previsão de volta da alíquota vigente de 18% até março do ano passado a partir de janeiro de 2024.

Tribuna do Norte*

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