Diretores da agência alemã GIZ visitam o RN e olham para além do hidrogênio verde

O avanço da pesquisa aplicada e de ações de educação para impulsionar a transição energética no Brasil foi apresentado sábado (29) por pesquisadores do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e a diretora do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) do SENAI-RN, Amora Vieira, aos principais executivos da agência pública de cooperação alemã GIZ na condução de projetos no país.

A reunião foi realizada no Hub de Inovação e Tecnologia do SENAI, em Natal, com a participação do diretor da divisão da GIZ para Ásia, região do Pacífico, América Latina e Caribe, Matthias Giegerich, do diretor do projeto H2Brasil, implementado pela GIZ Brasil e coordenador da área de Energia da empresa alemã, Markus Francke, e do coordenador no H2Brasil, Marcos Costa.

Na primeira visita ao Nordeste brasileiro e cerca de 16 anos depois de desembarcar pela primeira vez no país, Giegerich ressaltou que o objetivo é ver, em campo, como a agência está implementando os projetos no país e o que pode aprender com a experiência brasileira.

Parcerias no RN

A inclusão do Rio Grande do Norte no roteiro não foi por acaso. O estado, maior produtor brasileiro de energia eólica em terra e uma das zonas mapeadas em estudos técnicos como mais promissoras para energia eólica offshore e hidrogênio renovável, é também o berço de dois projetos pioneiros no Brasil com investimentos da agência: uma planta piloto para produção de SAF (combustível sustentável de aviação) e um centro nacional de excelência em formação profissional para hidrogênio verde – ambos, no SENAI.

“Essa é uma visita que tem como foco especialmente o setor energético, o que estamos fazendo enquanto GIZ e com quem estamos trabalhando”, disse Giegerich. “E essa parceria com o SENAI é uma parceria com a qual também podemos aprender, enquanto organização, enquanto instituição similar, que opera sem fins lucrativos. É muito interessante, para mim, ver como o SENAI se organiza, todo o desenvolvimento que apresentou nos últimos anos, as parcerias com a iniciativa privada, muito intensivas com o setor industrial, e agora, estamos analisando para onde podemos ir com a instituição nessa longa parceria que nós temos. Ainda temos projetos em que há possibilidades de atuarmos juntos”, acrescentou o economista.

O potencial de geração de energia eólica, oportunidades e desafios que existem ligados à sustentabilidade, o progresso tecnológico na área e o modelo de negócio do SENAI-RN nesse contexto, baseado no relacionamento próximo às indústrias, estiveram entre os principais pontos na pauta da reunião. Os laboratórios implantados na instituição por meio de projetos com a agência alemã também foram visitados.

O investimento na infraestrutura dos centros de pesquisa e de educação do SENAI, em Natal, foi viabilizado por meio do Projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e é implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e Ministério de Minas e Energia (MME) e financiado pelo Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha. O projeto será concluído no final deste ano. Novos planos de investimento são analisados e vão além do hidrogênio.

TN

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