O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LPSA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), projeta uma safra menor no Rio Grande do Norte em 2021. Os dados apontam para uma redução de 16,8% na área plantada e de 24,3% na área colhida este ano, no comparativo com 2020. No tocante à produção, a queda mais severa é no segmento de cereais, leguminosas e oleaginosas, que deve fechar a safra com redução de 47,3%. A escassez de chuvas no Rio Grande do Norte, este ano, é apontada como a principal causa para o encolhimento nos índices, segundo especialistas e autoridades.
De janeiro a julho deste ano, as chuvas ficaram 35,7% abaixo do esperado, conforme dados da Unidade Instrumental de Meteorologia da Emparn. O volume médio acumulado de chuvas observado foi de 477,7 milímetros (mm), bem abaixo do aguardado para o período do ano: 761,4 mm. Levantamento mostra que a área plantada reduziu em praticamente todas as culturas. As maiores quedas foram sentidas nos cereais, legumes e sementes comestíveis (-16,8%), primeira safra do feijão (-23,6%), milho (-19,6%) e cana de açúcar (-26,4%). Já em toneladas, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas caiu de 58.257 em julho de 2020 para 30.706 neste ano. A primeira safra do feijão despencou pela metade, de 22.273 para 10.785, queda de 51,6%. A segunda safra do feijão apresentou aumento de 298 para 365 (+ 22,5%). Outros produtos também registraram queda como o milho (-52%), com a produção caindo de 31.606 para 15.158 e a cana-de-açúcar (-29,3%), com safra saindo de 5.749.885 para 4.063.112, de acordo com o LPSA.
Tribuna do Norte