Estudo mostra que isolamento social foi decisivo para melhora nos índices da covid-19 no RN

Um estudo realizado por professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) constatou que o isolamento social teve peso decisivo para que o RN esteja neste momento com redução no número de casos e óbitos provocados pela covid-19.

“A trajetória da curva foi mudada principalmente pelo isolamento social, além do  uso de máscaras e melhoria nos processos clínicos (aqui todo o processo incluído) e, principalmente, a passagem do pico epidêmico que foi lida pelos modelos matemáticos em primeira mão e comprovada observacionalmente pela taxa das UPA’S e ocupação de %UTI em todas as regiões de saúde do estado e não somente nos lugares onde houve uso de fármacos específicos. Destaca-se, ainda em menor grau, pois foi e é numericamente frágil no Brasil e no RN, a testagem de pacientes e acompanhamento de infectados testados positivos e suas redes de contágios. O pós-pico epidêmico já tinha passado de fato e estávamos descendo a ladeira no momento do término do decreto de isolamento”, diz o estudo.

No entanto, o trabalho aponta que o Rio Grande do Norte ainda não pode comemorar. “A mudança da curva tem somente uma causa principal:  o equilíbrio do isolamento devido aos decretos (e medo de morrer, pois os óbitos já são muitos) e a passagem da primeira onda de contágio do  vírus na zona metropolitana. Nos meses de maio e junho,  mesmo lugares com grande mobilidade, também houve retração na circulação de pessoas. Se fosse uma vitória, a letalidade do RN seria abaixo de 1.0% (resultado que seria surpreendente no Brasil). Estaríamos em todos os jornais”, explica.

Com os dados Conselho nacional de Secretários de Saúde de ontem, 27 de julho, o levantamento constatou que com 1.678 óbitos para 3.409.000 habitantes, o Rio Grande do Norte tem cerca de 2% dos óbitos e corresponde a 1,6% da população brasileira. “Há mais casos proporcionais que a média nacional”, frisa.

A pesquisa comparou os dados do Rio Grande do Norte com os da Paraíba (ver tabela acima). A comparação, inclusive, ajuda para mostrar a ineficácia da ivermectina (ver AQUI) defendida pelo prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) como um medicamento eficaz contra covid-19. “Segundo o Conselho nacional de Secretários de Saúde, O RN tem hoje, dia 27 de Julho de 2020, 1.678 óbitos e 47.291 casos confirmados, com uma letalidade de 3,6%. O estado da Paraíba, sem ivermectina induzida em nenhum município, possui 1.698 óbitos com  76.153 casos, gerando uma letalidade de 2.21%”, comparou.  “A figura mostra  casos por milhões de habitantes. A linha Amarela é o RN. VEJA que estamos piores que a PARAÍBA (Violeta) (ponto 8 também comprova) que não usou Ivermectina. Talvez os médicos com as receitas de um fármaco não autorizado  estejam matando mais pessoas com isso, pois estão criando ilusões em  forma de escudos inoperantes”, complementou.

O estudo é assinado pelos professores Dr. José Dias do Nascimento (Física — UFRN); Dr. Ion Andráde (DSC-UFRN), Dra Marise Freitas DINF-UFRN, Dr. César Rennó-Costa (IMD-UFRN); Ms.C. Leandro Almeida (Física — UFRN); Dr. Renan Cipriano Moioli (IMD — UFRN).

Fonte: Blog do Barreto*

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