O Rio Grande do Norte é o 5º estado do Brasil com maior proporção de católicos na sua população, com índice de 67,01%. Já com relação aos evangélicos, o RN é o 22º do país, com 21,4% de sua população. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo IBGE e fazem parte dos dados colhidos pelo Censo 2022.
A religião Católica Apostólica Romana predominou em todas as localidades, com o RN apresentando um percentual de 67,01%, maior do que a proporção nacional de católicos (56,75%). Entre os maiores municípios potiguares, Mossoró apresentou o maior percentual de católicos (59,66%) e Parnamirim o menor (53,98%).
As religiões evangélicas mostraram variações, com destaque para São Gonçalo do Amarante (29,11%) e Parnamirim (28,81%). A população sem religião oscilou entre 7,42% (RN) e 9,92% (Mossoró). As demais crenças religiosas (espíritas, umbanda/candomblé, tradições indígenas e outras religiosidades) apresentaram percentuais inferiores, com variações discretas entre os municípios. A categoria “Não sabe/não declarou” manteve-se abaixo de 0,2% em todas as regiões observadas.
Com relação à evolução da adesão religiosa entre a população residente no Rio Grande do Norte nos anos de 2000, 2010 e 2022, com foco nas religiões Católica Apostólica Romana e Evangélica, os católicos diminuíram e os evangélicos cresceram.
Em 2000, os católicos representavam 83,58% da população, percentual que caiu para 75,96% em 2010 e atingiu 67,01% em 2022. Por outro lado, a proporção de evangélicos cresceu de 8,92% em 2000 para 15,4% em 2010, chegando a 21,42% em 2022.
Para os resultados por cor ou raça, no Rio Grande do Norte, os católicos estiveram presentes em todos os grupos, variando de 58,7% entre amarelos a 68,57% entre brancos. A religião evangélica manteve presença proporcional relativamente constante, com destaque para a população amarela (22,32%) e parda (22,37%).
Os espíritas concentraram-se principalmente entre os brancos (1,26%) e registraram proporções menores entre pretos (0,76%) e indígenas (0,58%). A adesão à umbanda e ao candomblé foi mais expressiva entre pessoas de cor amarela (1,39%) e preta (0,56%). As tradições indígenas tiveram presença mais destacada entre os que se declararam indígenas (1,21%). O percentual de pessoas sem religião foi maior entre os amarelos (12,01%) e pretos (9,24%).
Com relação à alfabetização, a maior proporção de pessoas alfabetizadas foi observada entre os espíritas (98,7%), seguidos por adeptos de outras religiosidades (95,1%) e das religiões de matriz africana (93,89%). Entre católicos e evangélicos, as taxas de alfabetização foram, respectivamente, 85,9% e 91,91%.
A população sem religião apresentou uma taxa de alfabetização de 90,01%, enquanto os que não souberam ou não declararam religião registraram 91,18%. A menor proporção de pessoas alfabetizadas foi encontrada entre os católicos (85,9%), que também apresentaram a maior taxa relativa de não alfabetizados (14,1%).