Sindicato chama de “criminosa” decisão da gestão bolsonarista da Petrobras de abandonar RN

O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte classificou como “criminosa e irresponsável” a decisão do governo Bolsonaro de colocar à venda os ativos da Petrobras localizados na bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.

– Caso isso venha se concretizar, isso significa dizer que serão vendidos quase todos os ativos produtivos remanescentes e, logo logo, não existiria mais Petrobrás em nosso Estado”, diz um trecho da nota.

Na segunda-feira (24) à noite, a Petrobras tornou público o documento “Oportunidade de Investimento em Campos Terrestres e de Águas Rasas no Brasil” colocando à venda 26 concessões de produção, sendo 23 marítimas e três terrestres. A refinaria potiguar Clara Camarão é um dos bens que estatal pretende se desfazer.

Na avaliação do Sindicato, ao ceder direitos de exploração de campos de petróleo e de alienar ativos do Rio Grande do Norte, a economia potiguar, que já foi enfraquecida pelas vendas anteriores, sofrerá um impacto ainda maior, com graves consequências no âmbito econômico, político, social, cultural e ambiental com destaque para a perda de receitas, royalties e projetos voltados a ações de cidadania e, principalmente, a perda de empregos num momento em que a economia do país está arrasada devido a pandemia do Covid-19.

“Diante de tudo isso, a decisão da gestão bolsonarista da Petrobrás foi recebida pela categoria e pelo povo potiguar com imensa insatisfação e indignação. Desde que começou a sanha entreguista e abandono das suas atividades no RN, milhares de postos de trabalho próprios e terceirizados diretos e indiretos já foram ceifados e agora com mais esse golpe outros milhares de empregos serão perdidos e cerca de 1000 trabalhadores próprios serão impactados diretamente com transferências e demissões involuntárias”, afirmam os petroleiros.

A nota reforça ainda que com essa venda, a Petrobras deixará de exercer um papel fundamental no desenvolvimento econômico do Estado.

“Isso trará grande repercussão no índice de empregabilidade e nas compras de produtos e serviços, no fomento a inovação tecnológica, e na função estruturante do processo de desenvolvimento do estado”, pontuam antes de lembrar os 47 anos de dedicação dos trabalhadores e trabalhadoras da Empresa no Estado potiguar:

O SindiPetro-RN não aceita que depois de 47 anos extraindo bilhões em riquezas do subsolo potiguar, a gestão bolsonarista da Petrobras simplesmente abandone o nosso estado a propria sorte no momento em que mais estamos precisando e, neste sentido, também cobra mais uma vez atitudes firmes e urgentes de toda a classe politica e da sociedade potiguar em todos os níveis para barrar esse processo”, afirmam.

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