O simbolismo presidencial é uma das principais forças de qualquer gestão federal. As ideias adotadas e avançadas pelo presidente da República e membros do seu gabinete ganham ressonância na cultura popular do País e se consolidam em ações práticas que orientam o rumo da nação, principalmente em momentos de crise. É imprescindível muita cautela na forma como este instrumento político é utilizado.
O pronunciamento desta terça (24) do presidente Jair Bolsonaro, contudo, evidencia um completo delírio de quem não compreende, minimamente, sequer estes conceitos.
Isolado, Bolsonaro contraria não somente a OMS (Organização Mundial da Saúde), os chefes de Estado de todo o mundo e os governadores estaduais, mas a sua própria administração, que, na figura do Ministério da Saúde, tem tentado sobreviver à intromissão política.