A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira (1º) o uso emergencial da vacina Coronavac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotech. O imunizante contra a Covid-19 tem sido amplamente utilizado no Brasil, produzido no Instituto Butantan em parceria com laboratório chinês.
Com a aprovação emergencial da OMS, a Coronavac pode passar a ser comprada e incorporada ao consórcio Covax Facility, para distribuição em escala global.
A autorização também abre o questionamento se brasileiros imunizados com a Coronavac passariam a ser aceitos em locais adeptos do “passaporte de vacinação”.
No início de maio, a OMS concedeu aprovação para uso emergencial da vacina da Sinopharm. O imunizante tornou-se a primeira vacina contra a Covid-19 desenvolvida por um país não ocidental a ganhar o apoio da OMS.
A OMS já deu aprovação para uso de emergência das vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca, Johnson & Johnson e Moderna.
Estudo de efetividade no Brasil
Um estudo de efetividade da Coronavac, conduzido pelo Instituto Butantan, indica que a pandemia poderia ser controlada no país com 75% da população vacinada, anunciou o governo de São Paulo nesta segunda-feira (31).
Durante a pesquisa, 95% da população adulta da cidade de Serrana, no interior de São Paulo, foi imunizada. Após a aplicação das duas doses da vacina, foi constatada uma queda de 95% nas mortes, 86% nas hospitalizações e 80% nos casos sintomáticos da doença.
“Os resultados demonstram de forma categórica o que poderia estar acontecendo no Brasil inteiro, não fosse o atraso na vacinação”, disse o governador João Doria (PSDB). Ao todo, foram vacinadas 27.150 pessoas na cidade entre fevereiro e abril de 2021.
CNN Brasil