Além de enviar ofício solicitando à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) uma reserva de sete mil doses da vacina contra covid-19 para imunização prioritária de ministros e servidores, o Supremo Tribunal Federal (STF) fez o mesmo pedido ao Instituto Butantan, do governo paulista, que produz com a chinesa Sinovac a vacina Coronavac.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o STF encaminhou ofício ao diretor do instituto, Dimas Covas, em 30 de novembro, mesmo dia em que solicitou o imunizante à Fiocruz. Segundo a reportagem, que teve acesso ao documento, o tribunal utilizou os mesmos argumentos para obter doses da Coronavac para vacinação de sete mil funcionários. Mas o instituto não respondeu à solicitação.
Uma das justificativas seria imunizar o maior número de trabalhadores, que “desempenham papel fundamental para o país” e que têm entre suas autoridades e colaboradores uma parcela considerável de pessoas classificadas em grupos de risco. Outra razão apontada no pedido é a realização de campanha de vacinação pelo tribunal, com intenção de acelerar o processo de imunização da população, permitindo assim a destinação dos equipamentos públicos de saúde para outras pessoas.