Pesquisadores e autoridades em saúde pública, inclusive do Ministério da Saúde, se reuniram nesta semana para compartilhar e aprofundar os conhecimentos sobre a ocorrência da doença chikungunya no Brasil. A reunião ocorreu durante o Encontro de Investigadores da Rede de Pesquisa Clínica Aplicada a Chikungunya (Replick), promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 8, 9 e 10 de janeiro. O objetivo foi prover evidências de qualidade para guiar estratégias e políticas de atenção à saúde para a doença em todo território nacional.
A infecção pelo chikungunya, um dos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, impõe muitos desafios ao sistema de saúde, como a sobrecarga dos serviços de saúde. Essa é uma doença relativamente nova já que os primeiros casos no país foram registrados em 2014. A doença apresenta elevado número de pacientes com dor persistente e incapacitantes nas articulações e pouco conhecimento dos fatores relacionados ao óbito. Por isso, o foco do encontro foi apresentar os avanços no conhecimento sobre o tema e as propostas para melhor a condução e o tratamento dos casos, com a perspectiva de reduzir o sofrimento da população afetada.
“Nessa gestão temos buscado investir em projetos de pesquisa estruturantes e inovadores para a saúde do Brasil. Em 2019, o Ministério da Saúde fez o maior investimento em pesquisas para doenças negligenciadas. A Rede Replick também faz parte dessas iniciativas e tem por objetivos buscar as melhores repostas, a partir de evidências científicas, para o tratamento e acompanhamento dos pacientes com chikungunya”, destacou o secretário substituto da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Júlio Croda, durante a abertura do evento.