CNJ vai pedir que PF investigue Moro por desvio de dinheiro; senador pode pegar até 12 anos de prisão

A partir da correição extraordinária realizada na 13ª Vara Federal de Curitiba, a Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai pedir para que a Polícia Federal (PF) abra investigação criminal contra o senador Sergio Moro (União-PR) por peculato. Segundo o órgão, Moro, enquanto juiz, teria cometido peculato ao desviar recursos da Lava Jato para uma fundação privada. 

As informações são da jornalista Andreia Sadi, do portal G1 e GloboNews, que teve acesso ao documento da auditoria realizada pela Corregedoria do CNJ e que foi aprovado na última sexta-feira (7). A ideia é que as informações sejam encaminhadas à Procuradoria-Geral da República (PGR) e para o Supremo Tribunal Federal (STF) para que, então, a PF abra uma investigação no âmbito criminal contra o senador. 

Segundo o relatório, assinado pelo delegado da PF Élzio vicente da Silva, que auxilia o corregedor nacional, ministro Luís Felipe Salomão, Moro, a juíza substituta Gabriela Hardt e o ex-coordenador da Lava Jato e ex-procurador Deltan Dallagnol teriam tentado desviar recursos do Estado brasileiro para “uma fundação voltada ao atendimento a interesses privados”.

A Corregedoria do CNJ aponta que houve “esforço consciente – e não registrado” de agentes da Lava Jato para que a União fosse excluída da discussão sobre percentual da multa aplicada à Petrobras no Estados Unidos. 

Em nota oficial, Moro negou as acusações e disse que “foi responsável somente por recuperar bilhões de reais em recursos desviados da Petrobras durante os Governos do PT e devolvê-los à vítima, a própria Petrobras”. 

“O senador desconhece como essa conduta possa ser considerada algo ilegal e inapropriada”, diz o comunicado. 

Até 12 anos de prisão 

O advogado Roberto Bertholdo, que há anos expõe os abusos da operação Lava Jato, chamou atenção para o fato de que Moro pode pegar até 12 anos de prisão caso seja condenado pelo crime de peculato apontado pela Corregedoria do CNJ. 

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