Artigo: Resenhas para início de ano velho

Por Antônio Neves – professor e historiador.

CAICÓ E AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS – terminado o carnaval, o assunto que começa a pautar as páginas dos noticiários, das conversas de ruas, bares e bastidores da política é a eleição municipal de 2024. Grupos políticos e partidários já se movimentam para garantir seus espaços e a manutenção do poder político e governamental, e isso faz com que especulações comecem a ganhar os contornos que o tema merece, mesmo que, muito do que será dito, publicado e anunciado, não passará de balões de ensaios para ao final, ver o que se pode colher daquilo que chamamos de dinâmica da política.

A SUCESSÃO DE JUDAS TADEU – A sucessão do prefeito Judas Tadeu (PSDB) está aberta. Adversários, opositores, apoiadores, aliados e bajuladores já começam a fazer seus cálculos para ver quais as possibilidades objetivas da reeleição do afilhado do papa Jerimum ou se surgirão alternativas coerentes com chances de enfrentamento nas urnas com garantias de vitória. 

Pelo que parece, até aqui, o prefeito Tadeu está numa zona de disputa confortável. Mesmo fazendo uma administração feijão com arroz e um ovo frito como mistura, o prefeito conta a seu favor com a incompetência (por conveniências) dos partidos de oposição (se é que existe algum), mantem os partidos de esquerdas e movimentos sociais dentro da máquina administrativa e transformou parte da imprensa local em correia de transmissão e propaganda do seu governo, o que faz com que tenha um índice (questionável) de aprovação e popularidade acima dos 80%, tornando-se, assim, quase imbatível eleitoralmente nesse momento, isso sem falar no Carnaval que lhe deu fôlego e maior visibilidade com a política do pão e circo (obviamente, mais circo do que pão!).

Para os nomes que se especulam como possíveis candidatos a vaga do atual prefeito, falta musculatura eleitoral e uma visão articuladora para quebrar a hegemonia da tradicional bandeira vermelha, desbotada, mas no poder!

Ainda é favorável ao prefeito a política do silêncio e da omissão de setores institucionais (principalmente da Câmara de Vereadores) e da sociedade que nada veem nem nada sabem sobre as contradições e erros da atual gestão, e isso também tem sido um agravante que contribui para maquiar a realidade – O que mudou? E para quem mudou?

  Armem-se os palanques. O debate está apenas começando.

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